remonta ao Antigo Egito,
sendo depois transmitido
para os gregos e outras civilizações.
Entre os egípcios,
esta ave era conhecida como Bennu,
porém ambas eram associadas
ao culto do Deus-Sol,
chamado Rá no Egito.
Ao morrer,
este pássaro era devorado pelas chamas,
ressurgindo delas uma nova Fênix,
a qual juntava as cinzas de seu progenitor
e, compassivamente, as conduzia
ao altar do deus solar,
localizado em Heliópolis, cidade egípcia.
Os pesquisadores não chegaram ainda
a um consenso sobre
a duração da vida da Fênix;
uns apontam quinhentos anos,
bem mais que um corvo,
o qual já vive muito tempo;
outros garantem um prazo bem maior,
aproximadamente 97 mil anos.
Ao cabo de cada ciclo existencial,
a ave sente a proximidade da morte,
prepara uma fogueira funerária
com ramos de canela, sálvia e mirra, e
automaticamente se auto-incendeia.
Algumas narrativas
apresentam uma versão distinta,
segundo a qual a Fênix,
à beira da morte,
se dirigia a Heliópolis,
aterrissava no altar solar
e então ardia em chamas.
Depois de um período
ainda não definido precisamente,
ela retorna à vida,
simbolizando assim os ciclos naturais
de morte e renascimento,
a continuidade da existência
após a morte.
O povo egípcio acreditava já,
nesta época,
que este pássaro
simbolizava a imortalidade.
fardos de grande peso;
segundo alguns contos,
seria capaz de transportar
inclusive elefantes.
De acordo com as lendas
difundidas por cada povo,
a ave assumia características específicas
– com penas roxas, azuis, vermelhas,
Para os povos antigos,
a fênix simbolizava o Sol,
que ao final de cada tarde
se incendeia e morre,
renascendo a cada manhã.
Neste sentido, os russos
acreditavam que ela
vivia constantemente em chamas,
por isso era conhecida
como Pássaro de Fogo.
Diante da perspectiva da morte,
ela era considerada
como um símbolo de esperança,
de persistência
e de transformação de tudo que existe,
um sinal da vitória da vida
e da inexistência da morte
como ela é atualmente
concebida pela civilização ocidental.
Seu canto era extremamente doce,
ganhando tons de intensa tristeza
com a aproximidade da morte.
As lendas afirmam
que sua formosura
e sua melancolia
influenciavam profundamente
outros animais,
podendo mesmo
levá-los à morte.
Afirma-se que somente um pássaro
podia existir de cada vez,
e que suas cinzas tinham o dom
de ressuscitar alguém que já morreu.
O nome adotado entre os gregos
para esta ave pode ter surgido
de um erro de Heródoto,
grande historiador da Grécia Antiga,
pois ele possivelmente
confundiu o pássaro
com a árvore sobre a qual
ela era geralmente representada,
a palmeira – phoinix em grego.