![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcCnxPrqDCr0IdclMzKerDjTLA6yW0vjAbaL-msd2vW8890VkyOmoenGCZf6wSWj4R8gYklU9Oz1pY1JbOokBgXmsOoMq6tuABqMRXmfsBhT9aIOgDe2uqBkgAcKK-q2LvFGgnD0NQlPE/s320/Mulher_agua2.jpg)
Havia uma bela mulher que aparecia
plena de juventude e viçosidade.
Chamava-se Haraké
e o seu poder de atração era tal
que não se sabia se era deusa
ou se pertencia à espécie dos humanos mortais.
A lenda mais estendida afirmava
que Haraké tinha os cabelos tão transparentes
como as próprias águas
que lhe serviam de morada.
Ao atardecer,
a bela rapariga tinha por costume
descansar mesmo à beira do Níger,
e esperar assim até que chegasse
o seu amante.
Assim que este se reunia com ela,
ambos entravam nas profundidades
daquelas águas encantadas e profundas;
a jovem levava o escolhido no seu coração
através de maravilhosos caminhos
que conduziam a faustosas
e desconhecidas cidades.
Nos seus esplêndidos recintos,
e entre o som do tam-tam e dos tambores,
teria lugar a ostentosa cerimônia
que uniria o feliz casal para toda a vida.
Todas as narrações da fábula exposta
sublinham que foi Haraké
quem conduziu o seu amante,
e não vice-versa.
Com isso se quer dar a entender
que a mulher era muito respeitada
entre certas tribos da África negra.
.................
Nenhum comentário:
Postar um comentário