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A Lenda do El Dorado,
que se fundava na crença
de uma cidade repleta de ouro,
cujo termo El Dorado significa
O (homem) dourado em espanhol;
segundo a lenda,
tamanha era a riqueza da cidadela,
que o imperador tinha o hábito
de se espojar no ouro em pó,
para ficar com a pele dourada.
Essa lenda foi ouvida
pelos primeiros conquistadores espanhóis
que se fixaram, no século XV e XVI,
nas costas da atual Colômbia e Venezuela,
então chamada Terra Firme ou Terra Santa.
A busca do El Dorado,
que levou os europeus até ao Brasil,
persistiu até meados do século XVIII.
Em 1535, o general
Sebastián de Belalcazar,
após ter destruído
a última resistência dos Incas,
no Norte de Lima (na direção de Quito),
ouviu de um indígena, seu prisioneiro,
a história do El Dorado,
uma lenda das tribos ribeirinhas
do Rio Orinoco.
Reza a lenda que havia uma tribo muito rica,
localizada perto da atual Santa Fé de Bogotá
(capital da Colômbia),
onde viviam os índios Chibcha ou Muisca.
Este povo tinha como costume religioso
o de untar o corpo do rei,
provavelmente quando subia ao trono
ou antes de ações guerreiras,
com uma substância aderente,
talvez resina,
sobre a qual era soprado
finíssimo pó de ouro.
Completamente dourado,
o rei dirigia-se para
o meio da Lagoa Guatavita,
numa embarcação,
e banhava-se nas águas,
depois de ter lançado, para o fundo,
jóias, vários objetos de ouro
e pedras preciosas,
como oferendas ao seu deus.
Segundo os registos de Oviedo de 1543,
os Espanhóis tinham ouvido dos Índios que,
todas as noites, o rei dourado se lavava,
retirando o ouro do corpo,
mas, no dia seguinte,
voltava a ser coberto
por esse metal precioso.
O mito do El Dorado
conquistou de tal forma o imaginário
dos séculos XV e XVI que
arrastou os Europeus
para a busca do tesouro
e para a descoberta de novas terras
das Índias Ocidentais,
como designava,
na época, a América.
A referência ao El Dorado
fazia mesmo parte das cartas
com instruções que só os comandantes
dos navios podiam abrir.
Foram muitos os exploradores
que procuraram a mítica cidade,
a exemplo do espanhol
Gonzalo Jimenez de Quesada,
em cuja expedição de 1538
fez parte Juan de Castellanos,
o autor de História Del Nuevo Reino de Granada,
os primeiros escritos sobre o El Dorado.
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atraíram os Espanhóis
até à Amazônia portuguesa.
No entanto, as expedições organizadas,
como as de Pedro Fernandez de Lugo,
Gonzalo Quesada, Gonçalo Pizarro,
Pedro de Ursua,
em vários locais do
Norte da América do Sul,
nomeadamente, junto ao Rio Orinoco,
ao Rio Negro, no lago de Guatavita,
revelaram-se difíceis e sem sucesso.
Em 1698, descobriu-se
as minas de Itaverava,
em Minas Gerais,
que despertaram a imaginação
de vários aventureiros,
relançando a busca do El Dorado.
Foram encontradas, nessas minas,
pedras pretas que, na realidade,
eram porções de ouro,
conforme se verificava
depois de lavadas.
Na verdade, essas pedras,
que ficaram conhecidas
como ouro negro,
eram pretas,
porque estavam cobertas
por uma leve camada de óxido de ferro.
Jules Crevaux (1847-1882),
um dos grandes exploradores da Amazônia,
chegou à conclusão de que a existência
de grutas formadas com rochas ricas em mica,
que permitia tornar o corpo brilhante,
teria baralhado os nativos,
que nas suas narrações fantásticas,
teriam confundido as palhetas de micas,
conhecidas também como "areia de ouro",
com o ouro do El Dorado.
Balsa Muisca no Museu do Ouro em Bogotá
A Balsa Muisca foi achada numa gruta,
no município de artesãos Pasca,
ao sul de Bogotá,
em 1856 por três camponeses,
entre outros numerosos objetos de ouro.
A balsa retrata os Muiscas
realizadando na lagoa uma cerimônia
que foi dado o nome de El Dorado.
Nela o herdeiro do cacique,
coberto em pó de ouro,
toma posse de seu mandato
com uma grande oferta aos deuses.
Essa representação aparece
no centro de uma lagoa
rodeada pelas principais chefes
e seus seguidores,
todos enfeitados com ouro e penas.
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